quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Andrelândia-MG

Andrelândia-MG


Andrelândia é um município com aproximadamente 12.146 habitantes, pertence à Mesorregião do Sul/ Sudeste de Minas e Microrregião de mesmo nome.
Foi fundado em 20 de Julho de 1868, com o nome de Vila Bela do Turvo, constituída por cinco distritos: Turvo, Arantes, Bom Jardim, Madre de Deus do Rio Grande e São Vicente Ferrer. Porém, ao longo dos anos, todos se elevaram à categoria de cidades, restando em Adrelândia apenas a sede, seu único distrito. Também, com o passar do tempo, foram várias as mudanças de nomes. Desde 19 de Setembro de 1930 permanece sua denominação atual.


Hoje a cidade tem grande tradição em seu turismo. Muitos de seus casarões são considerados patrimônio histórico municipal. Outros destaques são as festas religiosas, como a Festa de São Sebastião, Folia de Reis, a Semana Santa, a Festa de São Benedito, Corpus Christi e a Festa de sua padroeira, Nossa Senhora do Porto, em agosto, além de seu artesanato, que é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural andrelandense. Em várias partes da cidade é possível encontrar uma produção artesanal diferenciada, feita com matérias-primas regionais e criada de acordo com a cultura e o modo de vida local.




O inicio da colonização da região do atual município de Andrelândia foi conseqüência da exploração do ouro no Sul do estado de Minas Gerais. Em meados do século XVIII a região onde hoje está o município já se encontrava totalmente povoada por aventureiros que se dirigiam à região na procura de riquezas.
Por volta de 1740 o fluxo populacional na região aumentou consideravelmente. Muitos eram os que demarcavam uma extensão de terras devolutas e se fixavam, cuidando mais tarde da legalização da posse através da concessão de carta de sesmaria, que era dada pelo Governador da Capitania. A região do “Congonhal”, que se estende por uma grande área de terras férteis na margem direita do Rio Turvo Grande e que recebeu tal denominação em virtude da abundância das árvores, foi uma das áreas mais povoadas.
No ano de 1749, sentindo necessidade de assistência religiosa, o fazendeiro André da Silveira dirigiu ao Bispo de Mariana um pedido de autorização para se construir no local denominado Turvo Pequeno uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Porto. Atendido pela autoridade eclesiástica, a capela foi construída, recebendo a bênção católica no ano de 1755. Ao redor do pequeno templo muitas casas foram sendo construídas, e logo se formou o Arraial do Turvo, primitiva denominação da localidade. A partir da construção da capela, em 1827 o arraial do Turvo já estava em condições de ser elevada a paróquia, o que de fato ocorreu, tendo a partir daí, um crescimento progressivo, até ser transformada em vila no ano de 1864.


No aspecto étnico, a população andrelandense não sofreu muita miscigenação. Grande parte do município é de descendência portuguesa, através dos primeiros habitantes que vieram juntamente com os bandeirantes paulistas e fundaram as antigas fazendas, os primeiros núcleos habitacionais, dos quais nasceu a cidade. A tribo indígena mais próxima foi encontrada mais ao sul mineiro, na região que permeava as nascentes dos rios Verdes e Baependi, próxima a Serra do Papagaio, por volta do ano de 1700. Mas foi apenas entre os séculos XIX e XX que começaram a chegar os primeiros estrangeiros em Andrelândia, na sua maioria, libaneses que vinham para o Brasil em busca de riquezas. Além dos estrangeiros que chegaram e integrou a população andrelandense, muitas outras famílias, oriundas de outras cidades e regiões do Brasil, também se sentiram atraídas pelas riquezas do lugar.


Existia na cidade um grupo de pessoas, embora pequeno, notadamente de origem européia, que frequentava o comércio andrelandense no início do século XX e que, conforme atestam os mais antigos, foram os primeiros vendedores ambulante do atual município. Aquele povo habitava uma região não muito distante da sede do município, chamada Congonhal, próxima a Serra da Bandeira. A esse tipo pertencem as Congonheiras, assim denominadas porque eram residentes num bairro rural próximo – o Congonhal. Percorriam a cidade vendendo a colheita de sua pequena lavoura. Eram conhecidos ainda por não aceitarem os empregos que lhes ofereciam. Os Congonheiros ainda existem, e em número muito maior, só que se diversificaram bastante seu modo de vida: perderam a distinção que os marginalizava e muitos se mudaram para a cidade. Casou-se com outras famílias, aprenderam e dedicam-se aos vários ofícios e profissões.


Atualmente o município vem se destacando em seu turismo. Muitos de seus casarões construídos nos séculos XVII e XVIII viraram patrimônio histórico da cidade. Muitas de suas praças e igrejas também conservam o estilo barroco da época do desbravamento da região. Além disso, Andrelândia também vem desenvolvendo seu turismo rural. As principais são as fazendas antigas, muitas do século XVIII.



Um trecho importante da Estrada Real, mas ainda pouco pesquisado e explorado turisticamente, é o que se denominava Caminho do Comércio ou Caminho do Rio Preto, uma variante que foi aberta por volta do ano de 1813 para facilitar o trânsito de comerciantes e tropeiros entre São João Del Rei e o Rio de Janeiro. Essa rota, que partia do Caminho Novo em trecho compreendido entre os atuais municípios de Pati do Alferes e Paraíba do Sul, rumava em direção a Valença e terras fluminenses, depois seguia pelos antigos arraias mineiros de Rio Preto, Bom Jardim, Turvo (atual Andrelândia), Madre de Deus, Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno e, finalmente, chegava à Vila de São João Del Rei. O Caminho do Comércio é uma importantíssima variante da Estrada Real e ao seu longo existe um número enorme e variado de atrativos culturais e paisagísticos, além de vários locais para a prática do chamado ecoturismo. As belas cachoeiras e os tanques de criação de trutas da região compreendida entre Rio Preto e Bom Jardim de Minas; a arquitetura colonial, os sítios arqueológicos, os doces e o queijo típicos e a cachaça de qualidade, produzidos na região de Andrelândia; as igrejas e fazendas centenárias, as serras e as tradições folclóricas da região de Madre de Deus de Minas. Recentemente um projeto de lei incluiu Andrelândia na rota da Estrada Real. Para demarcar o local, foram colocados vários totens no município.






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