Além Paraíba é um município com
aproximadamente 34.341 habitantes, e localiza-se na região da Zona da Mata.
Coberta pela Mata Atlântica e banhada pelo rio Paraíba do Sul, era habitada pelos índios Puris, a
região, onde hoje se situa a cidade, era conhecida somente por tropeiros vindos
da Corte até fins do século XVIII, desprezada, abandonada e quase ignorada pela
Coroa em virtude da inexistência de ouro e pedras preciosas, a região era
chamada de “Sertões do leste”. Com o descobrimento de minerais preciosos nas
redondezas, intensificou-se a travessia do Rio Paraíba do Sul; por volta de
1784 às margens do mesmo rio, um cais de madeira foi denominado de Porto do
Cunha.
Em torno da imagem que Padre Miguel Antônio Paiva colocou na
Capela dos Índios em 5 de janeiro de 1819, conforme seu próprio relato,
formou-se uma lenda. A imagem existe conservada na Igreja Matriz de São José.
Surgiu, pois, a lenda- fruto da crendice popular e sua simplicidade em explicar
fatos não de todo esclarecidos.
Igreja Matriz de São José
A estação de Porto Novo do Cunha com seus prédios magníficos
e arruinados, construídos no distante ano de 1871 onde sua importante estrada
ferroviária, a Ferrovia Leopoldina ia do Rio de Janeiro, Minas até São Paulo.
Museu de História e Ciências Naturais foi fundado em 21 de agosto de 1993, por um grupo de estudantes preocupados em preservar e resgatar a memória histórica de Além Paraíba e região. Os trabalhos de pesquisa tiveram início após a descoberta de ossadas encontradas em Além Paraíba e em poder de alguns cidadãos. As ossadas foram identificadas pelo paleontólogo Dr. Sérgio Alex Azevedo, do Museu Nacional – Rio de Janeiro/RJ – como sendo de baleias, datando sem qualquer exame, aproximadamente 30.000 anos. Hoje as ossadas integram o acervo do Museu. Foram descobertos cemitérios de escravos, o mausoléu construído pelo Marquês do Paraná e fazendas centenárias. Outros projetos fazem parte do trabalho de pesquisa do Museu, como a história da Estrada de Ferro Leopoldina, da cidade de Além Paraíba e a do Cineasta Humberto Mauro. Motivo de orgulho para a equipe de pesquisadores foi o lançamento do Selo Comemorativo aos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, na Casa de Cultura Professor José Ruy da Cunha Moreira em 1999, e a promoção em 2001, em conjunto com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, a projeção dos Filmes da I Mostra de Curtas e Documentárias do Ministério da Cultura – “O Cinema dos Brasileiros”, que até agora é o maior público do Brasil na Mostra com 5.323 espectadores entre os dias 03 e 20 de maio.
Um pouquinho do museu
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